23 de fev. de 2012

Brincando de Casinha

Porque eu descobri, que a parte mais legal e que faz o medo ir embora mais fácil, é se animar com como vai ser o SEU espaço.


Primeiro: as camisetas que viraram almofadas :) como engordei, elas já não ficavam mais tão boas, mas eram xodós, a solução foi transformá-las em algo que ainda vai durar muito tempo (e que vai combinar muito bem com o meu sofá preto =D), agradeço imensamente o talento para costura da mamãe.


Esponjas felizes para banho: completamente divertidas e totalmente a prova de sujeira, tinha como ser mais parecido comigo?


Baldinho de praia... Tá, mentira, é um baldinho pequeno onde eu vou colocar temperos e deixar minha cozinha mais bonita.


Pote em formato de Gingerbread Man. Utilidade prática? Quase zero levando em conta que ele mal cabe no meu frigobar. Nível de alegria e sorrisos por ter um desses: infinito.


Caneca Abbey Road, presente do namorado parasita antes mesmo de eu pensar no lugar onde faria faculdade. Linda e combina com as almofadas, é muito amor.


Panelinha de brinquedo... Bom, ela parece de brinquedo e quando eu era criança ficaria louca por uma dessas, acontece que eu cresci e tenho um monte (de um monte de cores =D), todas elas serão devidamente preenchidas com tortinhas de frango para saciar a fome dessa que vos escreve.


Cestos, muitos cestos. Porque a falta de armários e espaços torna necessária uma solução criativa e que me agrade, em breve fotos do verdadeiro destino desses cestos.


Dona Benta, o livro de receitas mais legal do mundo. Na verdade ele não vai só porque eu gosto de cozinhar, tenho propósitos maiores pra ele que tem a ver com um desafio que quero me propor para esse ano, em breve falo sobre isso no blog.


Ketchup Heinz, não é porque vou morar sozinha que vou perder a dignidade.


Me mudo no sábado e no mais tardar quarta feira posto as fotos do apartamento devidamente montado e de todas essas coisinhas (e outras mais, ando a louca do 1,99) nos seus lugares. Aguardem.

17 de fev. de 2012

Medo

É aterrorizante entrar no meu quarto e perceber o desfalque de coisas que antes faziam parte de sua decoração habitual. É assustador olhar para minha gata e saber que vou passar mais de um mês sem receber mordidas nos pés, nas mãos e em qualquer lugar que ela possa me morder. Me dá medo escolher roupas que vão e roupas que ficam. Tenho agonia de tirar minhas toalhas do banheiro daqui para irem pro banheiro de lá. Me assusta saber que dormirei sozinha e ninguém vai afugentar os fantasmas caso eles apareçam. Sinto arrepios ao me imaginar tomando ônibus ou entrando sozinha no metrô de uma cidade com a qual nunca precisei lidar sozinha. É agonia ter que chamar de 'minha casa' um lugar que eu só vi por 10 minutos. É medo, só medo.

Passa?

13 de fev. de 2012

Antes:

Dizem que quanto mais se espera por algo, mais esse 'algo' demora a chegar, assumo que isso é BEM verdade.
Primeiro eu tive que esperar minha cabeça chegar a alguma conclusão relativa ao meu curso universitário, de preferência algo MUUUUITO diferente do curso que eu já havia largado, não aconteceu. Aí eu tive que esperar o vestibular chegar, espera pontuada por um ritmo de estudo ao qual eu não estava acostumada e um nível de stress um pouco maior do que o que eu considero saudável pra mim. Depois foi a espera pelo resultado que..


Pois é. Só faltava escolher a faculdade, o que foi mais fácil.
Escolhida a faculdade, faltava todo o resto. Apesar de já ter pintado fflch no meu braço e ter saído no semáforo pedir dinheiro, eu não era ainda uma aluna oficial da USP, eu era só uma 'quase' aluna.
Viajei para São Paulo dia 08/02/2012 procurar um teto e realizar a matrícula.
Confesso aqui, que até o dia 07, cogitei por mais de uma vez a hipótese de me matricular na UNESP, afinal, na mesma medida que São Paulo me fascina, também me apavora e a perspectiva de recomeçar minha vida sozinha lá, não era exatamente animadora.

Eu já morei sozinha. São José do Rio Preto foi a experiência mais apavorante de toda minha vida, não consigo me lembrar de nenhuma fase da minha vida na qual eu estive mais perto de surtar do que lá. Dormia com as luzes apagadas e acordava com elas acesas, o que me leva a crer que a ansiedade me deu alguma crise de sonambulismo, dormia três ou quatro horas por noite, estava com a resistência lá embaixo, odiava a faculdade... Não consigo lembrar de muitos pontos positivos ou animadores nessa experiência, então porque passar por isso de novo?

Nem eu sei. Só sei que depois de dois anos de cursinho, dúvidas, exaltações, brigas, crises, remédio, sessões de terapia, falta de sono, estudo, etc, etc, etc, fui tomada por uma necessidade de ter o meu espaço, de me ver longe e tomar as rédeas de situações que são incontroláveis onde estou agora, poder adequar isso ao fato de estudar na melhor faculdade do Estado, quiçá da América Latina, me faz pensar que se é para ter um recomeço, que se é para ter um choque, tem que ser lá.

Sendo assim, dia 09/02/2012, ainda sem um lugar para morar, munida de cópias de documentos, histórico escolar, certificado de conclusão do ensino médio e sem canetas, fui até a cidade universitária realizar minha matrícula. Aquele lugar é grande. Repito: Grande. É impossível andar por ali com ar blasé, a cara de tonta toma conta de mim quando eu olho pra tudo, aliás, tento olhar, porque não há espaço suficiente para ver tudo. Não é só o espaço, é a diversidade de pessoas também. Vi muitas sandalinhas da humildade (oi Lídia), mas também vi gente de camiseta pólo, gente com cara de otaku, gente fazendo matrícula de camisa e aliança na mão esquerda... É fantástico saber que terei acesso a todo esse universo de pessoas.
Ah é! Vale a pena lembrar que quando cheguei perto do local em que fazíamos a matrícula, estava tocando Angra dos Reis... É, foi nessa hora que eu soube que estava no lugar certo.


(Ariadne muito feliz no trote de Marília e mais feliz ainda ao ser atacada pelos veteranos no trote da USP)

Depois disso fiz pedágio, um quase tour pela usp, um veterano me explicou porque algumas pessoas tinham adesivos 'anti-coxinha', um outro veterano nos falou algumas coisas que me mostraram novamente que eu ia gostar dali e fui para casa.
Durante meu pedágio minha mãe (que até então estava procurando casa para mim) ligou avisando que tinha achado um lugar para eu morar. Perto de tudo que eu gosto em São Paulo, relativamente longe de tudo que ela e meu pai não gostam para mim em qualquer lugar.

Dia Seguinte, foi só conhecer e saber que eu ficaria muito feliz de morar por lá ao longo do ano. Agora volto ao que escrevi antes: Ansiedade.
Eu tenho uma casa, eu tenho uma faculdade, eu tenho disposição e eu estou muito ansiosa. Não sei se essa nova etapa será necessariamente melhor que a anterior, se eu não vou surtar de novo, se eu não terei um desempenho acadêmico medíocre, se eu vou aguentar o tranco de São Paulo, se vou sobreviver a mim mesma...
Mas estou ansiosa, verdadeiramente ansiosa.

E esse Blog é um registro de tudo que vem pela frente e de algumas coisas que ficaram para trás. Talvez um dia eu escreva porque resolvi voltar para letras (acho que o motivo de eu ter largado foi explicado aqui), ou como foi esse tempo de cursinho, ou como...
Não pretendo colocar contos aqui, talvez eu me transforme em personagem de vez em quando (quem leu Girl On Move sabe que eu faço isso com frequência), mas tudo que está aqui é o que eu quero lembrar mais para frente, é o que eu quero compartilhar com quem eu me importo.
É isso.
E para dividir ansiedade com vocês, fiquem com fotos do meu cubículo de 25m²:

A mini-cozinha com mini-geladeira e mini-balcão, reza a lenda que terá espaço para grandes feitos culinários sem palpite de mãe. Será?

O quarto que também é mini mas que tem espaço para uma cama de viúva (maior que a de solteiro e menor que a de casal) o namorado, parasita frequente na minha casa, agradece imensamente.

E o banheiro que, além de mini, não tem janela, mas tem um exaustor que é muito mais legal e tecnológico.

E é isso. Volto logo com mais fotos, crises de ansiedade, enfim...